O Anel de Fogo do Pacífico, assim designado devido à concentração de aparelhos vulcânicos activos nesta faixa que contorna parcialmente o oceano Pacífico, é também caracterizado por intensa sismicidade. Na maior parte, esta sismicidade está associada às fossas abissais (representadas a azul), isto é, às zonas de subducção. Estas têm como expressão morfológica superficial não só as fossas, mas também os arcos vulcânicos paralelos a essas fossas, localizados nas placas subductantes. Por essa razão, embora não estejam assinalados no mapa, os arcos vulcânicos localizam-se sempre junto às fossas, mas do lado do continente.
As principais ilhas do Japão são Hokkaido, no extremo norte (83 514 km2); Honshu, no centro (230 948 km2); Shikoku, no centro-sul (18 798 km2); e Kyushu, no sul (44 358 km2). Destacam-se ainda as ilhas Ryukyu, no extremo sul do arquipélago, e Kurilas, a nordeste. Tomada ao Japão no fim da Segunda Guerra Mundial, esta última ilha encontra-se sob domínio da Rússia, embora os japoneses insistam na possibilidade de reintegrá-la em seu território.
Mais de 80% do relevo japonês, é constituído por elevados planaltos e montanhas (a maioria delas de grande altitude e situadas basicamente na região interior do país). São nessas áreas que ocorre a maior quantidade de terramotos, principalmente em Tóquio, Nagano, Shizuoka, Aichi, Gifu, Toyama, Ishikawa, Fukui, Shiga, Quioto e Osaka. Todas essas localidades situam-se no centro da ilha de Honshu, zona de extrema instabilidade tectónica, devido à elevada quantidade de falhas geológicas existentes no terreno. Os restantes 20% do território japonês são formados por relevos de planície que se localizam no litoral.
Cientistas japoneses vão explorar as profundezas da Terra para conhecer melhor as placas tectónicas e buscar as origens da vida até 7.000 metros abaixo da superfície. Os cientistas vão obter amostras da crosta terrestre, uma fonte de informações sobre os organismos primitivos, relacionados com o início de vida no planeta. Também irão estudar as placas tectónicas, com a esperança de conseguir, futuramente, prever terramotos.
"A colheita de amostras geológicas talvez nos permita descobrir organismos biológicos que poderiam ter existido quando nosso planeta nasceu. O estudo da crosta terrestre também dará pistas sobre a evolução climática passada e futura", disse Jun Fukutomi, do Centro de Exploração das Profundezas da Terra.
Um novo navio de exploração do fundo do mar, o Chikyu (Terra em japonês), de 450 milhões de euros, será colocado à disposição do centro no fim do mês.
As escavações em grande escala começarão em Setembro de 2007, em frente à costa do Pacífico no Japão, com uma sondagem a 3.500 metros, em um fundo marinho localizado 2.500 metros abaixo da superfície do mar.
A primeira sondagem tem o objectivo de estudar as placas tectónicas. O Japão, que fica na conjunção de quatro delas, regista em média 20% dos terramotos mais violentos do mundo. "Um conhecimento maior da interacção das placas pode nos ajudar a prever terramotos", explicou Fukutomi.
Os pesquisadores esperam poder instalar as varetas de perfuração que o Chikyu terá no fundo do mar, a 4.000 metros de profundidade, e, a partir deste ponto, cavar até 7.000 metros no interior da Terra. A perfuração sob o oceano foi preferida à perfuração terrestre porque a camada submarina permite sondagens mais profundas.
O Chikyu utiliza tecnologias semelhantes às de perfuração petroleira, mas também está equipado para se proteger de eventuais explosões, caso se choque com reservas de petróleo ou gás. O navio possui um laboratório, equipado para eliminar os efeitos dos campos magnéticos terrestres e permitir uma melhor observação
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