segunda-feira, 31 de maio de 2010

AQUÍFEROS



Um aquífero é uma unidade geológica que contém água e que pode ceder em quantidades economicamente aproveitáveis.
Também deve constituir uma unidade natural de funcionamente, cujo comportamento seja susceptível de ser simulado através de modelos numéricos, com o objectivo de apoiar tarefas de gestão, tanto qualitativa com quantitativa.
Tipos de aquíferos:

Aquíferos livres - nos aquíferos livres existe uma camada impermeável que serve de base a uma zona superior, permeável saturada em água.


Aquíferos cativos ou confinados - são aqueles em que as formações que os constituem estão limitadas, no topo e na base, por formações impermeáveis. Toda a espessura do aquífero está saturada de água e a pressão no seu interior é superior à atmosférica



Outras formações geológicas que contêm águas subterrêneas:

Aquitardo – formação geológica, impermeável, que permite a acumulação de água em falhas e a sua extracção só ocorre quando o furo se localiza sobre a falha.



Aquicluso – formação geológica que armazena água, mas não a liberta.~



Esquema com os vários tipos de aquíferos:

Nota: neste esquema consideram-se ainda os Aquíferos semiconfinados - neste tipo de aquíferos, uma das formações encaixante, do topo e/ou da base, permite a transferência de água para outro aquífero.

NA PRAIA DA VITÓRIA Estudo sobre aquíferos apresentado em Dezembro



A apresentação do relatório final sobre a situação ambiental nas áreas de captação dos furos de abastecimento do concelho da Praia da Vitória, que está a ser realizado pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), foi adiada para Dezembro deste ano.

O LNEC apresentou o pedido de prorrogação do prazo de entrega do documento em sete meses no final de Abril e este foi aceite pela Câmara Municipal da Praia da Vitória, tendo em conta os argumentos que justificam o adiamento.

O LNEC explicou o atraso de cerca de quatro meses na execução dos furos e piezómetros com os prazos processuais decorrentes de um recurso interposto por uma das empresas concorrentes a esses trabalhos. Além disso, o processo de mobilização e transporte do equipamento de perfuração também sofreu atrasos.

Na informação prestada à Câmara Municipal da Praia da Vitória, o LNEC estima concluir os trabalhos de perfuração e os ensaios de caudal no final de Junho, esperando ter concluído no mês seguinte as recolhas de amostras das águas subterrâneas.

Os resultados das análises químicas a estas amostras devem ser conhecidos no final de Agosto.

Três meses após essa data, o LNEC estará em condições de entregar o relatório final. O prazo previsto inicialmente para a apresentação destes resultados era Maio de 2010.

Até ao momento, o LNEC já procedeu aos trabalhos de geofísica, à colocação dos piezómetros superficiais; e já recolheu várias amostras de solos e realizou duas campanhas de medição de níveis de águas subterrâneas. Destes trabalhos resultaram três relatórios técnicos intercalares.

Segundo o presidente da Câmara Municipal da Praia da Vitória, Roberto Monteiro, “não foram apresentados quaisquer conclusões ou resultados preliminares dos trabalhos já realizados”.

As conclusões serão apresentadas no final das análises em curso.

O estudo “Análise e Parecer Sobre a Situação Ambiental nas Áreas de Captação dos Furos de Abastecimento do Concelho da Praia da Vitória – Açores” foi oficializado a 11 de Maio de 2009.

O LNEC formou uma equipa de sete especialistas, que analisa uma área aproximada de 163 quilómetros quadrados, com o objectivo de esclarecer se há ou não contaminação nos solos e aquíferos do concelho da Praia da Vitória.

O estudo está orçado em 600 mil euros, custo assumido pela Secretaria Regional do Ambiente e do Mar, que celebrou um contrato ARAAL com a Câmara Municipal da Praia da Vitória.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Deslizamente de terras «arrasta algumas» casas em Lisboa




Um deslizamento de terras arrastou «algumas casas», na zona da Graça, em Lisboa.



Uma fonte do Regimento Sapadores Bombeiros (RSB) disse que o incidente aconteceu «nas escadinhas da Dasmaceno Monteiro».


«Trata-se de um deslizamento de terras que arrastou algumas casas», disse essa fonte, não podendo precisar quantas. Os bombeiros adiantaram que se trata de casas «térreas».


«Não sabemos se há alguém soterrado», explicou a fonte do RSB. No local espera-se uma equipa de cinotécnica da PSP, para tentar localizar possíveis vítimas.



Os bombeiros deslocaram para o local cinco viaturas e 20 elementos. A PSP, a Polícia Municipal e a Protecção Civil também enviaram meios para a zona.



Fonte do Comando Metropolitano de Lisboa adiantou que, após o desabamento de uma casa, os edifícios que se encontravam ao lado da mesma começaram também a cair. «Depois de cair uma casa, as outras começaram também a cair», disse.



No local, encontram-se bombeiros e equipas cinotécnicas, mas até ao momento, não há informações sobre a existência de pessoas soterradas.

terça-feira, 4 de maio de 2010

vulcão da Islândia expele nuvem de cinzas


O vulcão escondido debaixo do quinto maior glaciar da Islândia, inactivo desde 20 de Dezembro de 1821, continua hoje a expelir cinzas para a atmosfera.
O Instituto islandês de Meteorologia informa hoje, em comunicado, que o vulcão continua a expelir cinzas e que a nuvem atinge os quatro a cinco quilómetros de altitude, ocasionalmente mais. “Não há qualquer indicação de que a actividade esteja a diminuir”, acrescenta.
“Esperamos que a erupção continue por dois dias ou mais. Não pode continuar a este ritmo por muito mais tempo. A quantidade de magma que pode expelir é limitada”, comentou Armann Hoskuldsson, da Universidade da Islândia, à agência Reuters.
A erupção ocorreu debaixo do glaciar Eyjafjallajokull, zona do Sul da Islândia muito procurada para caminhadas, a 120 quilómetros da capital, Reiquejavique.
Os habitantes da zona descrevem a cinza como sendo de cor negra e cinzenta e muito fina, semelhante à farinha ou a grãos de açúcar.
Em algumas localidades a visibilidade é muito reduzida. Por isso, a polícia impôs restrições à circulação em várias estradas. “Não se consegue ver nada e ninguém pode ir de carro para lado nenhum porque está tudo escuro como a noite”, comentou Urour Gunnarsdottir, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, citada pelo “The Guardian”.
A Este do vulcão, centenas de hectares de terrenos estão cobertos por uma espessa camada de cinzas. “As cinzas começaram a cair na minha quinta há algumas horas mas a direcção do vento mudou e agora estamos bem”, disse o criador de gado Erlundur Bjornsson, que vive a 95 quilómetros a Este do vulcão. “Há uma cinza que nos entra nos olhos e que cobre tudo. Cheira a enxofre”.
Segundo um comunicado do Ministério islandês dos Negócios Estrangeiros, a força da erupção vulcânica “parece estar estável”. As autoridades estão agora a avaliar a acumulação de cinzas nas proximidades do glaciar e a recolher amostras.
Além disso, está a ser monitorizado o fluxo de água na lagoa do glaciar. O calor derreteu um terço do gelo que cobria a cratera do vulcão, levando ao aumento do caudal de um rio e a inundações. Cerca de 800 pessoas terão sido obrigadas a abandonar as suas casas.
De acordo com a Protecção Civil, hoje já todos voltaram para casa, à excepção dos moradores de 20 quintas. “Tornou-se claro que as barreiras colocadas conseguiram suster as águas”, explicam as autoridades em comunicado. Durante a noite ocorreu outra inundação que danificou um troço da estrada nacional a Este de Markarflliótsbrú.
A Islândia, ilha com 103 mil quilómetros quadrados no Atlântico Norte, é um país de numerosos vulcões e glaciares. De facto, estes últimos cobrem 12 por cento da sua superfície.
Dos cerca de 130 vulcões activos, apenas uma dezena entra em erupções a um ritmo regular. É o caso do Grimsvoetn e do Hekla, no Sul do país. Nos últimos anos, as principais erupções vulcânicas da Islândia ocorreram em 1996, 1998, 2000 e 2004.
Erupção da Islândia não deverá causar um arrefecimento global
Existem receios “climáticos” mas não passam disso. A nuvem de cinzas ainda é demasiado pequena para abrandar o aquecimento global, como aconteceu em 1991 com a explosão do Monte Pinatubo, nas Filipinas, afirmam os peritos. Este episódio expeliu tantos detritos para a atmosfera que causou um arrefecimento do planeta durante meses.
“Isto não é como o Pinatubo. Até agora, a escala não é significativa o suficiente para ter um efeito global”, comenta Hans Olav Hygen, climatólogo do Instituto norueguês de Meteorologia.
“Por enquanto, esta é uma erupção relativamente pequena”, acrescentou Colin Macpherson, geólogo na Universidade de Durham, em Inglaterra. Este investigador lembrou a erupção do vulcão Laki, na Islândia, em 1783-1784 que causou a morte a centenas de pessoas por toda a Europa.
Os gases vulcânicos expelidos para a estratosfera podem permanecer aí durante 12 a 24 meses e bloquear os raios solares, segundo cientistas do clima na ONU. As cinzas mais pesadas, normalmente, caem no solo – onde podem causar problemas respiratórios, como irritação no nariz e garganta e dificuldade em respirar, e irritação nos olhos – no espaço de três meses.