quinta-feira, 3 de junho de 2010

Carta Geológica de Portugal

O território continental compreende três unidades fundamentais, distintas, quer do ponto de vista cronológico, quer da estrutura dos terrenos. Essas unidades morfoestruturais são:
- Maciço Hespérico
- Orla Mesocenozóica Ocidental ou Lusitana e Orla Meridional ou Algarvia
- Bacia Cenozóica do Tejo e do Sado



UNIDADES ESTRUTURAIS DO TERRITÓRIO PORTUGUÊS

Maciço Hespérico
Também designado ibérico, maciço antigo ou maciço hercínico da meseta ibérica, caracteriza-se por ser uma região que, desde o Paleozóico, está emersa e desde então sujeita à erosão.





É formado por terrenos antigos, anteriores à deriva continental meso-cenozóica. São conhecidas rochas metamórficas, sedimentares e magmáticas com idades compreendidas entre o Pré-Câmbrico e o final do Paleozóico. Este maciço corresponde ao troço ibérico da grande cadeia hercínica da Europa.

As ilhas Berlengas e Farilhões pertencem a este maciço e representam afloramentos deste substrato na plataforma continental. Uma porção da parte imersa do maciço hespérico está coberta pelas formações cenozóicas da bacia Tejo-Sado.

A superfície da meseta foi, posteriormente, deformada por falhas que originaram compartimentos elevados do tipo horst, como o do conjunto Lousã-Estrela.




As áreas deprimidas da meseta correspondem às bacias cenozóicas. É o caso das bacias do Tejo e do Sado em Portugal e do Ebro e do Guadalquivir na Espanha.

A cadeia hercínica na Península Ibérica permite, com base nas suas características, a definição de grandes unidades paleogeográficas e tectónicas, alongadas e paralelas à estrutura da cadeia.

Actualmente e com essa base, consideram-se as seguintes unidades:

zona cantábrica
zona asturo-leonesa
zona galaico-transmontana
zona centro-ibérica
zona Ossa-Morena
zona sul-portuguesa
Destas zonas, apenas as quatro últimas estão bem representadas no território continental.





Zona galaico-transmontana


Corresponde a esta zona uma grande parte do maciço hespérico, que ocupa a metade norte de Portugal, a totalidade da Galiza, parte de Castela e Leão e a província de Cáceres. A característica mais destacável desta zona é a abundância de granitos e outras rochas plutónicas. As datações de idade absoluta destes granitos indicam que a sua formação aconteceu há cerca de 280 M.a. Quanto ao metamorfismo, as formações pré-câmbricas mais antigas experimentaram um primeiro metamorfismo de grau elevado, ainda no Pré-Câmbrico, e um segundo durante a orogenia hercínica, de grau mais baixo.

Zona centro-ibérica (ZCI)

A norte, é cavalgada pela formação galaico-transmontana e, a sudoeste e sul, contacta com a zona de Ossa-Morena através de outro cavalgamento, o de Ferreira do Zêzere, e um prolongamento para norte e sudoeste. Sobressai uma grande unidade estratigráfica, o complexo xisto grauváquico, anterior ao Câmbrico, constituído por uma série de xistos e grauvaques - flysch- com níveis esporádicos de conglomerados e calcários.

O Ordovícico aparece transgressivo e discordante sobre aquele complexo,presentando espessas bancadas de quartzitos, expressas em relevos com a orientação NW-SE, tais como os do Buçaco, Vila Velha de Ródão, Valongo, etc. Nesta zona aparecem xistos muito fossilíferos, com trilobites e braquiópodes do Ordovícico, xistos negros e ftanitos com graptólitos do Silúrico e xistos, arenitos e quartzitos do Devónico inferior.

Há ainda a considerar a existência do Carbónico continental na chamada bacia carbonífera dúrico-beirã, onde se situavam as explorações de antracite de São Pedro da Cova e Pejão, próximo do Porto. São do Ordovícico os jazigos de ferro de Moncorvo e do Marão






Zona de Ossa-Morena (ZOM)


No limite norte, os terrenos desta zona cavalgam os da zona centro--ibérica e estendem-se para sul, sendo limitados no território português pelo cavalgamento de Ferreira do Alentejo-Ficalho, continuando-se por Espanha até Cazala da Serra e vale do Guadalquivir.

Abundam os materiais pré-câmbricos e câmbricos que apresentam materiais vulcânicos e plutónicos. A idade destas rochas é da ordem dos 460 a 500 M.a., isto é, do Ordovícico. O Pré-Câmbrico está representado ao longo de uma faixa descontínua, entre Espinho e Campo Maior, passando por Coimbra, Tomar e Abrantes, e é formado por rochas gneisse-magmáticas e outras metamórficas, mais antigas, e por uma série superior flyschóide, designada por série negra.

O Câmbrico, bem datado, assenta em discordância sobre o Pré-Câmbrico. É notável o Câmbrico de Vila Boim pela sua fauna de trilobites. São também considerados câmbricos os mármores de Estremoz, Abrantes, Ficalho e Viana do Alentejo. O Ordovícico está mal representado, apresentando grandes lacunas.


Zona sul-portuguesa (ZSP)


Corresponde à zona subocidental do maciço hespérico e predominam séries rítmicas areno-pelíticas, nomeadamente xistos e grauvaques - flysch.


Em Portugal não existem intrusões plutónicas, mas existem intercalações de lavas e materiais piroclásticos, formando séries vulcano-sedimentares espessas. O metamorfismo, quando existe, é de grau muito baixo. O Devónico tem fácies marinho, situa-se na parte norte da zona e está representado por xistos, grauvaques, quartzitos e, por vezes, calcários dolomíticos.

O Carbónico marinho é constituído, no essencial, por séries rítmicas alternantes de xistos e grauvaques -flysch.


Com as formações vulcano-sedimentares relacionam-se os jazigos de pirites, que se dispõem na forma de franjas. As mais importantes são as de Caveira-Lousal (faixa piritosa do Alentejo), que se estende para Espanha (Rio Tinto, Huelva). Estes materiais foram deformados durante o Carbónico superior, originando-se estruturas dobradas que podem constituir cavalgamentos. A pequena bacia carbonífera de Santa Susana, próximo de Alcácer do Sal, onde se extraiu hulha, é discordante sobre as formações anteriores e portanto posterior àquelas formações. Uma fase tectónica afectou finalmente todo o conjunto, incluindo a série continental.


Orlas mesocenozóicas
Quando da subsidência de extensas fossas precursoras da fragmentação da Pangeia e abertura posterior do oceano Atlântico, formaram-se os terrenos que constituem as orlas mesocenozóicas. São porções da crosta jovem acrescentada à crosta antiga e às margens continentais que então se formaram.

Orla ocidental ou lusitana
A série mesozóica, que é discordante relativamente ao soco constituído por matéria mais antiga, inicia-se por uma série continental detrítica com conglomerados, arenitos e argilas, regra geral de cor vermelha, correspondente ao Triássico superior.

A esta série sucede-se uma série lagunar com argilas vermelhas, margas, gesso e sal-gema. Estas constituem as explorações de gesso de Soure, Sesimbra e Óbidos e as de sal-gema de Rio Maior. Nesta altura ocorreu uma transgressão originando uma série calcária fossilífera com amonites e alguns braquiópodes. Esta série calcária está representada nos maciços calcários de Sicó, Alvaiázere, Aire, Candeeiros, Arrábida, etc.




No Jurássico superior, o mar é regressivo, como se pode observar pelos depósitos de fácies marinho cada vez menos profundo, com calcários recifais, margas lagunares com leitos de carvão, etc. Apresenta também fácies continentais com séries de conglomerados, arenitos e argilas. O Cretácico inferior é ainda regressivo, mantendo-se a sedimentação continental do mesmo tipo que a anterior. Seguiu-se uma transgressão em que se constituíram depósitos calcários. O Cretácico superior está reduzido à região de Aveiro-Coimbra. É nesta época que se formam os maciços eruptivos de Sintra, Sines e Monchique, a que se sucederam fenómenos de vulcanismo testemunhados pelo denominado complexo vulcânico de Lisboa-Nazaré. Neste complexo encontram-se materiais extrusivos como lavas, piroclastos, filões, diques, chaminés e soleiras vulcânicas. O Miocénio marinho é caracterizado por transgressões e regressões, encontrando-se depósitos muito fossilíferos. No Quaternário, no sector situado a norte do Tejo, existem grandes fracturas, possivelmente hercínicas, e dobras amplas relacionadas com fenómenos de diapirismo. A serra da Arrábida, embora uma cadeia pequena e incompleta, é o acidente orogénico alpino mais importante do ocidente peninsular. Em Espanha são cadeias alpinas as Béticas e os Pirenéus.


Têm-se encontrado provas de que estas deformações se têm continuado e continuam a formar nos tempos actuais.


Orla meridional ou algarvia


A formação desta orla iniciou-se ao mesmo tempo que a orla ocidental, no Triássico superior, com a deposição de uma série continental, denominada grés de Silves. Ao grés de Silves, seguem-se calcários dolomíticos, margas, argilas e evaporitos. Esta série é sobreposta por calcários do Cretácico. O Miocénico marinho está confinado à faixa litoral, sendo constituído por calcários impuros, detríticos e margosos, visíveis nas arribas entre Lagos e Albufeira. O Pliocénico tem fácies continental e é constituído por depósitos detríticos de cor vermelho-alaranjada. O Quaternário tem fácies litoral e é constituído por depósitos de praias levantadas com seixos rolados.



O vulcanismo básico é um acidente generalizado a toda a orla meridional. São comuns filões camadas, diques e chaminés. Recentemente foram encontradas brechas vulcânicas, tufos e cineritos na região do Alte, Salir, Moncarapacho e Praia da Luz. Algumas destas formações intersectam as formações cretácicas pelo que o vulcanismo desta orla deve ser mais ou menos contemporâneo do complexo vulcânico Lisboa-Nazaré.

Bacia Cenozóica do Tejo-Sado
Embora muitas vezes consideradas em separado, as bacias do Tejo e do Sado constituem uma unidade estrutural com as mesmas características litológicas e estruturais. Há duas bacias hidrológicas, mas o que nos interessa é o significado geológico destes terrenos. A individualização desta bacia teve início no Terciário com: - o afundamento da região, entre falhas; -enchimento posterior por materiais oriundos de zonas periféricas. A parte inferior da série sedimentar desta bacia é francamente continental, com formações detríticas grosseiras na base e intercalações de calcários e argilitos de neoformação. A subsidência da bacia é fenómeno marcante e pensa-se que ainda continua na actualidade, embora a sedimentação venha, desde o princípio, a preencher a área deprimida. O Miocénico continental, fossilífero (ossos de vertebrados, gastropódes límnicos, impressões vegetais, etc.), é constituído por arenitos que apresentam intercalações conglomeráticas e formações argilosas.


Foi no Miocénico que ocorreram algumas acções transgressivas do mar que, mais ou menos, penetraram na bacia. Ao Miocénico continental seguiu-se o Pliocénico, também continental, com sedimentação fluvial detrítica, arenitos, conglomerados e argilitos. O Quaternário está bem representado pelos diversos níveis de terraços fluviais ao longo dos leitos do Tejo e do Sado e alguns dos seus afluentes.


Corte Geológico da Península do Baleal - Peniche

Península alongada N-S, em cujas arribas está exposta uma série carbonatada do Dogger; esta faixa rochosa prolonga-se para N em duas pequenas ilhas (Ilha das Pombas e Ilhéu de Fora).

A península está separado do continente por um estreito de tombolo; as arribas do lado continental são formadas por depósitos terrígenos do Malm, existindo uma falha importante entra as duas séries. A série do Dogger tem cerca de 93m de espessura e inclina regularmente para ENE, pelos que os níveis mais antigos afloram na base da arriba poente.
A parte inferior da série é constituída por margas e calcários margosos, fissurados e bioturbados em bancadas decimétricas. Estes depósitos cujos clastos variam entre 0.5cm a 100cm foram corpos mais ou menos lenticulares, com base abrupta e topo irregular que correspondem a sedimentação gravítica. As camadas supra jacentes consistem numa alternância de margas e calcários margosos com níveis intercalares de calcário, sendo o conteúdo fossilífero semelhante ao anterior, mas com maior abundância de amonoides. Para a parte superior, nitidamente estrato crescente e quase só constituída por calcários maciços, de cor clara, torna-se menos abundante a fauna bentónica em vez da nectónica.
A sucessão descrita traduz, inicialmente, a deposição marinha hemipelága, em profundidade elevada, perturbada por episódios de sedimentação de talude-bacia oceânica; a evolução subsequente reflecte a sedimentação em meio marinho externo, provavelmente menos profundo do que o antecedente.

A origem das águas subterrâneas:


. As águas subterrâneas provêm essencialmente da infiltração da água da chuva.
. Uma vez no subsolo, podem formar toalhas ou lençóis de água, por vezes imóveis, que alimentam as fontes e os poços, ou então circular por entre as fissuras das rochas.
. As zonas onde a circulação de água subterrânea é mais importante que os cursos de água de superfície apresentam, em geral, uma morfologia característica denominada cársica.
. Mas há águas subterrâneas que têm uma origem diferente da infiltração.
. São as águas juvenis que provêm do interior da crusta, tal como certas águas termais, e aquelas que são retidas nas rochas.
. O estudo das águas subterrâneas reveste uma importância cada vez maior, à medida que o problema da água potável para alimentação das cidades se agrava, já que os aquíferos são explorados indiscriminadamente.

Aquíferos e Furos Artesianos




Uma toalha de água é constituída pelo conjunto da água que ocupa os interstícios (fenda) das rochas porosas num domínio definido pela sua espessura e extensão.
Entre os diversos tipos de toalhas ou lençóis de água podemos considerar as:
- freáticas, que ocupam as rochas superficiais permeáveis. O seu nível varia em função das precipitações. Não sendo perfeitamente horizontais, ocupam as irregularidades topográficas dos terrenos onde se encontram. Em clima temperado são principalmente alimentadas pelas chuvas de Inverno (Outubro a Abril) e o seu nível é mais ou menos alto em função da quantidade de precipitação;
- cativas - dizem-se cativos os lençóis de água cuja superfície está abaixo do limite superior do tecto da formação geológica que a contém. O tecto é necessariamente impermeável;
- artesianas - trata-se de um lençol de água em que a superfície superior ao nível do solo está situada a um nível inferior ao de certas zonas da parte cativa do lençol de água;
- aluviais são os lençóis de água que se encontram nos aluviões dum curso de água. Estão mais ou menos relacionados com as águas do curso de água, mas, segundo o grau de permeabilidade dos aluviões, podem ter o seu nível mais elevado que o da água livre.


Maciço Hespérico






Dada a Natureza das rochas existentes, os solos acabam por ser areno-argilosos . algumas regiões localizadas sobre as Orlas Mesozóicas, que constituem manchas muito grandes de terrenos calcários, a carsificação pode originar condições de infiltração da água muito boas.
A fracturação das rochas pode melhorar as suas características hidrogeológicas. Assim, as rochas ígneas e metamórficas são muito compactas, apresentando por isso baixa permeabilidade e baixa porosidade.
A fracturação destas rochas, em graus normais, aumenta pouco a porosidade e pode aumentar muito a permeabilidade ao longo das fracturas.
O comportamento hidrogeológico destas três unidades depende do tipo de solo de alteração e do grau de fracturação.
No tipo de solo de alteração, a diversidade de rochas existentes nestas três unidades produz, por alteração das suas camadas mais superficiais, diferentes tipos de solo.
O Maciço Hespérico é constituído por granitos e xisto. Os granitos originam por alteração, solos com elevada quantidade de elementos grosseiros, apresentando boas condições de infiltração. Os xistos originam solos argilosos, os quais não são favoráveis à infiltração.
Os terrenos das Orlas Mesozóicas e das Bacias Terciárias produzem solos variados.






Águas Termais







Poluição das Águas Subterrâneas











Contaminação das Águas
. É sempre fonte de preocupação qualquer alteração que se encontre na água.
. Em muitos casos, a contaminação por poluentes de um aquífero cuja água é utilizada na alimentação é muito lenta, pois o seu trajecto é feito através do solo e de rochas permeáveis - não se desloca livremente.
. Por vezes é significativo o espaço de tempo que decorre entre a introdução do poluente num aquífero e a sua presença na água que se bebe, mas em terrenos muito permeáveis a contaminação da água pode ocorrer muito rapidamente.
. A água é essencial à vida na Terra. No interior dos organismos, a água é o meio no qual se dão complexos processos metabólicos. Os organismos simples não podem realizar nenhuma função sem a presença de água e a privação dela causa rapidamente a morte. Contudo, a água tem que ser pura.
. Os humanos, sendo os organismos mais complexos, são afectados pelas alterações químicas que a água possa experimentar.
. Resíduos líquidos e sólidos existentes em depósitos, bem como resíduos de canos de esgoto, podem conter microrganismos, como bactérias patogénicas e vírus, que podem contaminar as águas subterrâneas. Resíduos eliminados pelas indústrias e pelas bases militares podem ser altamente tóxicos, contendo altas contaminações de metais pesados e outros produtos perigosos.
. Produtos resultantes da drenagem de minas de carvão e de metais podem contaminar a superfície e posteriormente as águas subterrâneas. As estações de abastecimento de gasolina são, geralmente, fontes poluentes da água subterrânea, assim como os líquidos que são armazenados em fossas, desde que atinjam terrenos permeáveis.
. A poluição das águas subterrâneas, muitas vezes, só aparece depois de a indústria ou outra actividade por ela responsável ter cessado a sua laboração há muitos anos.
. Por exemplo, produtos químicos armazenados ou derramados no solo podem demorar anos a atingir um aquífero.
. Este é o problema que pode ser causado por lixeiras localizadas em aterros não impermeabilizados ou por substâncias tóxicas derramadas imprevidentemente nos solos.
. Substâncias como os pesticidas ou herbicidas utilizados na agricultura podem atingir a água subterrânea através da água de irrigação que penetra no solo.
. As águas subterrâneas poluídas são muito difíceis de purificar. Devido ao seu lento movimento e grande volume, uma operação de limpeza numa região poderá levar décadas e custar milhões de euros para ficar completa.
. A poluição das águas subterrâneas pode ser evitada, desde que haja cuidado.
. A lixeira de uma cidade não deve ser construída acima do nível das águas subterrâneas. O local deve ser isolado por um leito constituído por uma espessura significativa de argila.
. A parte superior deve ser isolada da água da chuva por uma cobertura impermeável. Barreiras podem impedir que as correntes de água superficiais se dirijam para as lixeiras. A prevenção da poluição das águas subterrâneas pode ser cara mas é muito mais barata do que a despoluição posterior.
. A água subterrânea é poluída, directa ou indirectamente, pela contaminação de diversas substâncias que são prejudiciais à saúde dos organismos e que reduzem a sua utilidade.
. As águas subterrâneas, no seu estado natural, estão relativamente livres de contaminação. É por isso que são utilizadas na alimentação. A poluição das águas subterrâneas é especialmente insidiosa porque não é visível.
. Os nitratos, uma das substâncias mais utilizada nos fertilizantes, é pernicioso, mesmo em pequenas quantidades, na água que possamos beber.

Especificidades Geológicas de Sintra



ESPECIFICIDADES GEOLÓGICAS
DE SINTRA



Aspectos Geomorfológicos

Em linhas gerais a área saloia, designação pela qual é referida por diversos autores a superfície representada na folha de Sintra da carta geológica dos arredores de Lisboa, na escala 1/50.000 corresponde, essencialmente a uma antiga plataforma de abrasão, posta a descoberto por um amplo movimento de regressão marinha que vem esbater-se a sul, no Maciço Subvulcânico de Sintra e a nascente numa sucessão de relevos de maior ou menor eminência topográfica, formados por terrenos mesozóicos e cenozóico e por diversas rochas eruptivas que, na maior parte, pertencem ao Complexo Basáltico de Lisboa.
A antiga plataforma de abrasão é designada por diversos autores: planalto de S. João das Lampas.
Poderão ser, assim, considerados, como elementos naturais, na área de Sintra:
- Mafra
- o Maciço Subvulcânico de Sintra
- o planalto de S. João das Lampas - os relevos meso-cenozóicos
Nesta área, além de numerosos afloramentos de diversas rochas eruptivas (com predomínio das rochas plutónicas, exceptuadas as rochas vulcânicas da área da Malveira, com destaque para os picos do Funchal, Alcaínça e Carrasqueira) são assinaláveis formações sedimentares, de idades escalonadas do Lusitaniano ao Recente.
O Recente e o Pleistocénico estão representados por formações detriticas, resultantes de meteorização de rochas calcárias, areias, formações dunares, aluviões e cascalheiras.
As areias são referenciáveis no litoral, designadamente na foz do Falcão, Praia da Samarra e Magoito, sob a forma de uma cobertura, pouco desenvolvida, de areias de praia.
As dunas podem se observadas na fachada litoral, Magoito, Fontanelas, Azenhas do Mar, Janas, Praia das Maçãs, Mucifal e Praia da Adarga.
Os aluviões estão presentes no leito das linhas de água, com destaque para os cursos das ribeiras, de caudal maior e mais regular (Ribeiras de Cheleiros e de Colares). Depósitos aluviais menos espessos são assinaláveis nas baixas de Alfouvar, Sabugo, e Granja do Marquês.
Os aluviões recentes são, no essencial, formadas por areias e cascalheiras.

O Pleistocénio, na folha de Sintra foi assinalado, apenas, num afloramento correspondente a um depósito torrencial que pode observar-se num vale que termina na Praia da Adraga, não tendo sido assinalados outros afloramentos como os restos de cascalheiras de antigas praias de que é exemplo o nível de 20 a 30 metros de S. Julião (Ericeira), que na folha figura como Pliocénio, ou os retalhos de Santa Maria do Magoito, Praia das Maçãs e outros.
Próximos de Assafora são referenciáveis cascalheiras de praias quaternárias, misturadas com areias de transporte essencialmente eólico.
As antigas praias, designadamente a referida praia de S. Julião (Ericeira) formaram-se na dependência da descida do nível de base.
As alternadas transgressões e regressões marinhas deixaram, no território português, marcas visíveis, entre as quais avultam assoreamentos e formas deltaicas nos segmentos terminais dos cursos de água, no decurso das transgressões e depósitos de antigas praias na sequência dos episódios regressivos.
Identicamente, uma regressão marinha explica a emersão da antiga plataforma de abrasão que é do planalto de S. João das Lampas e os posteriores entalhes nele escavados pelas redes hidrográficas que o percorrem.




Maciço Subvulcânico



A rocha ígnea mais representada no Maciço é o granito, calco-alcalino, biotítico, com quartzo abundante.
Como elementos acessórios são ainda de referir a magnetite, apatite e o zircão. Apresenta variedades texturais: microgranito, aplito e micropegmatite, em geral filonianos.
Constitui um extenso afloramento, entre o limite oriental do Maciço e o Monge. Por norte estende-se do contacto até Seteais e Penedo. A sul alarga-se até Janes, estreitando-se depois até Malveira da Serra.
Justificam referência os caos de blocos da Cruz, Alta, Penha Verde, Pedra Amarela, Penedo dos Ovos, Penedos Gordos, Alto das três Cruzes e Pedra Branca.
Diferenciações melanocráticas podem ser observadas nalguns lugares, como Janes e Pedra Verde, onde a composição varia do granito biotítico ao diorito quartzífero.
Nas imediações da Prisão-Escola de Sintra podem ser observadas cavidades miarolíticas no granito.
A poente a rocha passa ao sienito, devido à perda de quartzo. A passagem via de regra é gradual. O prolongamento, para poente, processa-se em arco:
- pelo norte, por Monserrate, Vinagre e Penedo, onde acusa solução de continuidade, reaparecendo em Almoçageme e no litoral da Praia da Ursa.
- pelo sul, da Biscaia pela pedra da Azoia, junto á foz da ribeira do Louriçal.
Regista-se um afloramento de granito brechóide, nas imediações do vértice geodésico das Camarinheiras, entre as ribeiras da Mata e da Matinha.
O núcleo do Maciço é constituído por sienito, situado a poente de Monge, onde contacta com o granito por um arco, côncavo para poente, que a sul se alonga até Malveira da Serra e a norte até Almoçageme.
Entre a Pedra Amarela e a Biscaia, o contacto do afloramento sienítico, a sul, é feito com o gabro e o diorito. Na Peninha, na Azoia e no Cabo da Roca, contacta com dioritos e gabros. Acções erosivas originaram caos de blocos sieníticos, como na Peninha, Picos Velhos, Picotes, etc.
Um pequeno afloramento de diorito está assinalado na superfície correspondente à folha de Sintra, mas em Malveira da Serra (folha de Cascais) foi observado um diorito na mancha de gabros que se alonga para a folha de Sintra.
Em Malveira da Serra, a rocha é um diorito com andesina e labrador.

Lapiás do Cabo Carvoeiro - Peniche


Este lapiás encontra-se implantado em calcários dispostos num monoclinal extenso. Apresenta-se como uma paisagem cársica, característica deste tipo de rocha, muito invulgar pois apresenta um conjunto de formas típicas de relevo como os algares, as galerias, as grutas e os pináculos. Estas tipologias cársicas são controladas pela disposição dos estratos, bem como pelo seu conteúdo em carbonato de cálcio, e pelas estruturas tectónicas frágeis existentes.

Pode ainda verificar-se a existência de uma plataforma de abrasão marinha, sobre a qual se encontra toda a paisagem que tenho vindo a descrever, que resultou da subida do nível do mar, durante os tempos plistocénicos.

Contribuindo para a diversidade geológica do local, eis que chegam as rochas sedimentares; observam-se na zona estratos calco-detríticos, estruturas sin-sedimentares, estratificação oblíqua e entrecruzada, laminações e olistólitos. Ocorrem ainda no seu interior grãos de quartzo, grosseiros e irregulares, feldspatos e micas detríticas.


Por último é importante realçar o conteúdo fossilífero do local; existem exemplares de crinóides, ostreídeos, amonites e polipeiros, entre outros, geralmente fragmentados e provenientes de águas pouco profundas mas posteriormente depositados num leque submarino mais profundo. Estas camadas correspondem às últimas do corte geológico do Liásico de Peniche.

Entre todas estas estruturas merece destaque a Nau dos Corvos; é uma estrutura que se encontra no mar, mas muito próxima do Cabo Carvoeiro e apresenta ainda algumas características do lapiás continental.

Corte do Liásico de Peniche (Ponta do Trovão)

A península de Peniche é constituída por espessa série monoclinal inclinando para SE, essencialmente margo-calcária, com intercalações argilosas e areníticas, bem datada por amonites. A base de sucessão aflora nas imediações da Papôa, local onde a série é intersectada por uma brecha vulcânica. Na Ponta do Trovão observa-se a passagem do Pliensbaquiano ao Toarciano, limite que foi recentemente proposto como candidato a GSSP (estratotipo de limite) para o Toarciano. A série de Peniche tem sido abordada em muitos estudos.
A série liásica é essencialmente formada bancadas centimétricas de calcários argilo-margosos, alternantes com níveis decimétricos de margas cinzento-esverdeadas, por vezes micáceas e laminares; mas ocorrem, também xistos argilosos betuminosos, negros, níveis “grumosos” com especial interesse tafonómico, no Toarciano, frequentes intercalações siliciclásticas lenticulares (arenitos calcários/calcários areníticos, microconglomerados arcósicos, margas silto-areníticas). O conteúdo fossílifero é abundante, embora diminuindo progressivamente para o topo; é constituído, sobretudo, por braquiópodes, belemnóides, amonóides, lamelibrânquios e gastrópodes, frequentemente piritizados, bem como por diversos icnofósseis. De modo geral, para a parte superior aumentam a frequência e espessura dos níveis calcários face aos níveis margosos, desaparecendo os últimos para o topo. Os calcários da parte superior (Remédios – Cabo Carvoeiro) são, também, bastante diferentes e abrangem já, provavelmente, a base do Dogger: trata-se de calcários bioclásticos, oolíticos e areníticos, equinóides, lamelibrânquios, coraliários e icnofósseis.



Existem excelentes exemplos de estratificação entrecruzada planar e de estruturas de canal. A maior parte da série reflecte deposição hemipelágica, em meio marinho externo bastante profundo, com oxigenação variável, muitas vezes reduzida e, mesmo, episódios anóxicos, passando gradualmente para o topo o ambiente marinho externo de menor profundidade.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Afloramento de Fanhões


Na área próxima de Fanhões, nomeadamente no leito da ribeira do mesmo nome, algumas dezenas de metros a montante da confluência com a ribeira de Casaínhos, é possível observar a seguinte série:


1-Calcários compactos com rudistas e foraminíferos (Cenomaniano superior), fortemente paleocarsificados. (Fm. de Bica)


2-Conglomerado carbonatado, com elementos provenientes do nível anterior e, também, com clastos de calcário cinzento com crostas microbianas e evidências de exposição subaérea e pedogénese. (Conglomerado de Fanhões)


3-Conjugando a observação deste local com afloramentos próximos, a Este e Oeste, conclui-se que o conglomerado é sobreposto por níveis de piroclastos e escoadas basálticas do Complexo Vulcânico de Lisboa.



Este local é, na Bacia Lusitânica, o único conhecido, onde ocorre este conglomerado entre os calcários com rudistas e o Complexo Vulcânico de Lisboa.


Ao longo da ribeira de Casaínhos, para W, observam-se diversos aspectos, com interesse didático, nos depósitos vulcânicos e diques de areia cortando piroclastos.

Minas da Borralha

As minas da Borralha foram desactivadas em 1986, localizadas na zona de Montalegre, foram a recuperadas e transformadas em núcleo do Ecomuseu do Barroso. A Câmara Municipal de Montalegre esteve apostada em levar a cabo esse projecto, tanto mais que nas instalações das minas, tidas como das mais bem conservadas em território nacional, encontra-se diversos equipamentos raros, para além de um vasto arquivo, que são agora disponibilizados ao público.


História: Foram durante várias décadas o principal pólo empregador e populacional de Montalegre. No tempo da primeira guerra mundial foi iniciada a actividade mineira, tendo vindo operários de todo o país para trabalhar nesta mina atraídos pelo precioso minério. Mas foi nos anos 40 a 60 que a aldeia foi muito requisitada e invejada, pela riqueza do volfrâmio abundante nas suas terras. As minas vieram a fechar em 1986, deixando muitos trabalhadores desempregados e com ordenados em atraso. Actualmente as Minas da Borralha ainda é uma pequena aldeia mas contém muitos habitantes.

Mina de Neves de Corvo


A Mina de Neves Corvo é uma mina de exploração de cobre, sendo a principal da Europa neste minério metálico, e de zinco, situa-se na região de Castro Verde, em plena Faixa Piritosa Ibérica.



A mina de Neves Corvo, é a mais rica da Faixa Piritosa Ibérica, contém as maiores concentrações de cobre em sulfuretos maciços e os mais elevados teores em estanho de entre todas as minas conhecidas de jazigos de sulfuretos maciços. O estudo dos fluidos hidrotermais intervenientes na génese dos seus minérios, com base nas inclusões fluidas aprisionadas em minerais, reveste-se, assim, de acrescido interesse.

Afloramento da Brecha Vulcânica de Papôa




O afloramento de Papôa corresponde a um tufo-brecha. É constítuido por um material fino extremamente alterado, que corresponde a cinzas vulcânicas lapidificadas, que engloba bombas vulcânicas e fragmentos irregulares de diversos tipos de rocha das paredes da chaminé vulcânica. Entre estes destacam-se: grés feldspáticos, calcários, basaltos e chertes, para além de granitos com feldspato róseo e gnaisses que são comparáveis aos do Arquipélago das Berlengas. O tamanho dos fragmentos é variável, desde pequenos clastos até blocos de grandes dimensões. As bombas vulcânicas, relativamente abundantes e de dimensão variável, são caracterizadas por apresentarem perfeição no seu contorno, muitas vezes núcleo de granito ou gnaisse envolvido por uma capa de material magmático alterado e, em alguns exemplares, extremidades torcidas pelo movimento rotacional da lava durante o seu percurso aéreo. O tufo-brecha é limitado, a noroeste e a sudeste, por falhas normais paralelas com rumo N56W. Este controlo estrutural associado com as características piroclásticas sugere que esta formação representa muito provavelmente um resto de um cone vulcânico conservado pelo colapso de uma parte do mesmo. Por outro lado, a intensidade das explosões deve ter sido bastante forte, para justificar que tivessem sido arrancados grandes blocos rochosos, quer do soco cristalino, quer da cobertura sedimentar.

O Monte Pinatubo



O Monte Pinatubo é um estratovulcão activo localizado na ilha Luzon, nas Filipinas, na intersecção das fronteiras das províncias de Zambales, Bataan, e Pampanga.Antes de 1991, a montanha estava coberta de floresta densa que mantinha uma população de vários milhares de indígenas, os Aeta, que tinham fugido para as montanhas quando os espanhóis conquistaram as Filipinas em 1565.A sua última erupção ocorreu em Junho de 1991 com a morte de 800 pessoas. Após 500 anos inactivo, o vulcão entrou em erupção produzindo uma das erupções mais violentas do século XX. Muitas vidas foram salvas pois as previsões no inicio da erupção permitiram evacuar alguns dos povoados que habitavam as áreas em redor do vulcão e que foram severamente destruídas pelo fluxo piroclástico, composto de uma mistura de lenha, lama e cinzas, e mais tarde as chuvas ácidas. Milhares de casas foram destruídas.Os efeitos da erupção foram sentidos em todo o mundo. Mandou grandes quantidades de aerossóis para a estratosfera (mais do que todas as erupções desde o Krakatoa em 1883). Os aerossóis formaram uma camada global de neblina rica em ácido sulfúrico durante os meses seguintes. As temperaturas globais desceram aproximadamente 0,5°C (0,9 °F), e a destruição do ozono aumentou substancialmente.Tem 1486 metros.

Tectónica do Japão



O Japão está localizado junto da plataforma continental Eurasiática e das placas do Pacífico e das Filipinas, o arquipélago está sujeito a grandes movimentos tectónicos. Provavelmente, as ilhas são o resultado de uma série de movimentos orogénicos1) que empurram as montanhas e não o produto de uma simples erupção da crosta terrestre. A sua origem geológica data pelo menos do Período Silúrico da Era Paleozóica, há cerca de 408 milhões de anos, e as movimentações da crosta ainda continuam.

O Anel de Fogo do Pacífico, assim designado devido à concentração de aparelhos vulcânicos activos nesta faixa que contorna parcialmente o oceano Pacífico, é também caracterizado por intensa sismicidade. Na maior parte, esta sismicidade está associada às fossas abissais (representadas a azul), isto é, às zonas de subducção. Estas têm como expressão morfológica superficial não só as fossas, mas também os arcos vulcânicos paralelos a essas fossas, localizados nas placas subductantes. Por essa razão, embora não estejam assinalados no mapa, os arcos vulcânicos localizam-se sempre junto às fossas, mas do lado do continente.

Geologicamente, o Japão está dividido em duas zonas: nordeste e sudoeste. A zona nordeste é formada por rochas estratificadas do Período Neogénico da Era Cenozóica. Os sismos são mais violentos nesta zona. A zona sudoeste surgiu num Período mais recente. A maior parte das rochas estratificadas nesta zona formou-se durante os Períodos do Paleozóico ou do Mesozóico. Há menos vulcões nesta zona do Japão e toda a actividade vulcânica tende a concentrar-se junto ao mar do Japão e em Kyushu. A actividade sísmica é menos violenta.

Existem numerosos vulcões (54 em actividade) devido ao facto de o Japão se localizar numa das zonas geologicamente mais activas da Terra, o que está, também, na origem de numerosos sismos e maremotos (tsunamis) que ocorrem no país.

As principais ilhas do Japão são Hokkaido, no extremo norte (83 514 km2); Honshu, no centro (230 948 km2); Shikoku, no centro-sul (18 798 km2); e Kyushu, no sul (44 358 km2). Destacam-se ainda as ilhas Ryukyu, no extremo sul do arquipélago, e Kurilas, a nordeste. Tomada ao Japão no fim da Segunda Guerra Mundial, esta última ilha encontra-se sob domínio da Rússia, embora os japoneses insistam na possibilidade de reintegrá-la em seu território.


Mais de 80% do relevo japonês, é constituído por elevados planaltos e montanhas (a maioria delas de grande altitude e situadas basicamente na região interior do país). São nessas áreas que ocorre a maior quantidade de terramotos, principalmente em Tóquio, Nagano, Shizuoka, Aichi, Gifu, Toyama, Ishikawa, Fukui, Shiga, Quioto e Osaka. Todas essas localidades situam-se no centro da ilha de Honshu, zona de extrema instabilidade tectónica, devido à elevada quantidade de falhas geológicas existentes no terreno. Os restantes 20% do território japonês são formados por relevos de planície que se localizam no litoral.


Japoneses vão estudar placas tectónicas para entender origens da vida

Cientistas japoneses vão explorar as profundezas da Terra para conhecer melhor as placas tectónicas e buscar as origens da vida até 7.000 metros abaixo da superfície. Os cientistas vão obter amostras da crosta terrestre, uma fonte de informações sobre os organismos primitivos, relacionados com o início de vida no planeta. Também irão estudar as placas tectónicas, com a esperança de conseguir, futuramente, prever terramotos.

"A colheita de amostras geológicas talvez nos permita descobrir organismos biológicos que poderiam ter existido quando nosso planeta nasceu. O estudo da crosta terrestre também dará pistas sobre a evolução climática passada e futura", disse Jun Fukutomi, do Centro de Exploração das Profundezas da Terra.

Um novo navio de exploração do fundo do mar, o Chikyu (Terra em japonês), de 450 milhões de euros, será colocado à disposição do centro no fim do mês.
As escavações em grande escala começarão em Setembro de 2007, em frente à costa do Pacífico no Japão, com uma sondagem a 3.500 metros, em um fundo marinho localizado 2.500 metros abaixo da superfície do mar.

A primeira sondagem tem o objectivo de estudar as placas tectónicas. O Japão, que fica na conjunção de quatro delas, regista em média 20% dos terramotos mais violentos do mundo. "Um conhecimento maior da interacção das placas pode nos ajudar a prever terramotos", explicou Fukutomi.

Os pesquisadores esperam poder instalar as varetas de perfuração que o Chikyu terá no fundo do mar, a 4.000 metros de profundidade, e, a partir deste ponto, cavar até 7.000 metros no interior da Terra. A perfuração sob o oceano foi preferida à perfuração terrestre porque a camada submarina permite sondagens mais profundas.

O Chikyu utiliza tecnologias semelhantes às de perfuração petroleira, mas também está equipado para se proteger de eventuais explosões, caso se choque com reservas de petróleo ou gás. O navio possui um laboratório, equipado para eliminar os efeitos dos campos magnéticos terrestres e permitir uma melhor observação

Ondas destroem casas na ilha da Fuzeta

A forte ondulação durante a madrugada de 16 de Fevereiro provocou a destruição de cinco casas na ilha da Fuzeta e parte do cordão dunar na ilha de Faro.

A ondulação com cerca de cinco metros de altura aliada às marés vivas provocou esta madrugada a destruição de cinco casas na ilha da Fuzeta e parte do cordão dunar na ilha de Faro, levando ao corte de trânsito.

A forte ondulação das marés e a força do vento na praia de Faro têm deixado os moradores em sobressalto. Em cima das dunas, no lado poente da praia, algumas casas continuam a resistir à força das águas, que não param de roubar chão às frágeis habitações.

A água levou a areia que sustenta parte do pátio da casa de Vasco Silva e à vista ficaram as estacas. “Há dois dias havia aqui areia. Agora veio o vento de sudoeste e levou o resto. Não podemos lutar contra o ar”, explica.

Ana Maria Cruz também tem a casa em perigo. “O meu marido, eu e o meu filho ficamos toda a noite aqui, não dormimos nadinha”, conta. “Tenho muito medo mesmo, até pensei que esta noite levasse o passeiozinho que a gente aqui fez, mas não. Levantei-me às três da manhã e o mar estava mais calmo”, remata.

Pequenas escavadoras da câmara vão tentando limpar a estrada que ficou submersa de areia e por todo o lado há uma imensa nuvem de pó no ar, devido ao forte vento que se faz sentir.
Quase todos os estabelecimentos estão fechados, mas há quem vá tentando resistir: “Está sempre tudo cheio de areia. A estrada cheia de areia, a esplanada cheia de areia e não se faz mais nada que é limpar a areia, todos os dias”, comenta João Rosa, que tem um café-quiosque junto à praia. Na ilha poucos se lembram de um inverno tão rigoroso como este nos últimos 10 anos.

Também na Fuzeta, o mar continua a romper a ilha até à ria Formosa. Em apenas dois dias, mais onze casas ficaram completamente destruídas. Mas, desde o início do Inverno, já cerca de 30 as casas vieram abaixo na Fuzeta. Muitas pessoas têm ido até à ilha ver os estragos e o que sobrou depois da passagem do mar revolto. A ilha foi rasgada de uma ponta à outra pela água e abriu-se uma nova barra de passagem.

Ninguém mora na ilha todo o ano, mas algumas pessoas vão tentando tirar os pertences que têm nas casas de férias com receio que o mar acabe por chegar às habitações que ainda vão resistindo. Para o fim-de-semana esperam-se novas vagas e tempestades no mar, mas as marés vivas mais fortes do ano estão previstas para Março.

Sebastião Teixeira, geólogo da Administração Hidrográfica do Algarve, tem acompanhado de perto a evolução e os estragos causados pelas marés, tanto em Faro como na ilha da Fuzeta.

O geólogo considera que esta é a evolução esperada, mas relembra que o pior pode ainda estar para vir. ” O período de tempestades ainda não acabou e está prevista uma para o fim-de-semana”, alerta o especialista. “Em Março vem a maior maré do ano. O final do mês [de Fevereiro] vai ser um período crítico para a ilha”, remata Sebastião Teixeira.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Propriedades Físicas dos Minerais

Mineral é uma substância natural formada em resultado da interacção de processos geológicos em ambientes geológicos. Cada mineral é classificado e denominado não apenas com base na sua composição química, mas também na estrutura cristalina dos materiais que o compõem. Em resultado dessa distinção, materiais com a mesma composição química podem constituir minerais totalmente distintos em resultado de meras diferenças estruturais na forma como os seus átomos ou moléculas se arranjam espacialmente (como por exemplo a grafite e o diamante).


Os minerais variam na sua composição desde elementos químicos, em estado puro ou quase puro, e sais simples a silicatos complexos com milhares de formas conhecidas. Embora em sentido estrito o petróleo, o gás natural e outros compostos orgânicos formados em ambientes geológicos sejam minerais, geralmente a maioria dos compostos orgânicos é excluída. Também são excluídas as substâncias, mesmo que idênticas em composição e estrutura a algum mineral, produzidas pela actividade humana (como por exemplos os betões ou os diamantes artificiais). O estudo dos minerais constitui o objecto da mineralogia.

Propriedades físicas dos minerais


As propriedades físicas dos minerais resultam da sua composição química e das suas características estruturais. As propriedades físicas mais óbvias e mais facilmente comparáveis são as mais utilizadas na identificação de um mineral. Na maioria das vezes, essas propriedades, e a utilização de tabelas adequadas, são suficientes para uma correcta identificação. Quando não, tal não é possível, ou quando um elevado grau de ambiguidade persiste, como no caso de muitos isomorfos similares, a identificação é realizada a partir da análise química, de estudos de óptica ao microscópio petrográfico ou por difracção de raios X ou de neutrões. São as seguintes as propriedades físicas macroscópicas, isto é observáveis sem necessidade de equipamento sofisticado (por vezes designadas, por essa razão, por propriedades de campo):

  • Cor — É uma característica extremamente importante dos minerais. Pode variar devido turmalina, entre outros. Noutros casos, a superfície do mineral pode estar alterada, não mostrando sua va impurezas existentes em minerais como o quartzo, o corindo, a fluorite, a calcite e a erdadeira cor. A origem da cor nos minerais está principalmente ligada à presença de iões metálicos, fenómenos de transferência de carga e efeitos da radiação ionizante. Eis alguns exemplos:

    Jade — esverdeado


Augite — verde-escuro a preto


Cassiterite — verde a castanho

Pirite — amarelo-ouro


  • Brilho — O brilho depende da absorção, refracção ou reflexão da luz pelas superfícies frescas de fractura do mineral (ou as faces dos seus cristais ou as superfícies de clivagem). O brilho é avaliado à vista desarmada e descrito em termos comparativos utilizando um conjunto de termos padronizados. Os brilhos são em geral agrupados em: metálico e não metálico ou vulgar. Diz-se que o brilho é não metálico, ou vulgar, quando não é semelhante aos dos metais, sendo característico dos minerais transparentes ou translúcidos. Dentro das grandes classes atrás apontadas, o brilho de um mineral pode ser descrito como:


    Brilhos não metálicos:

- Acetinado — brilho não metálico que faz lembrar o brilho do cetim; é característico dos minerais fibrosos;


- Adamantino — brilho não metálico que, pelas suas características, nomeadamente a intensidade, se assemelha ao do diamante (são exemplos a pirargirite e a cerussite;


- Ceroso — brilho não metálico que lembra o da cera (é exemplo a variscite);


- Nacarado — brilho não metálico semelhante ao das pérolas (é exemplo a caulinite);


- Resinoso — brilho não metálico que lembra o observado nas superfícies de fractura das resinas (é exemplo a monazite);


- Vítreo — brilho não metálico que lembra o do vidro (são exemplos a fluorite, a halite e a aragonite);


Brilhos metálicos:

- Metálico — brilho que se assemelha ao dos metais, sendo característico de minerais opacos como a galena, a calcopirite e a pirite;


- Submetálico — brilho que faz lembrar o dos metais, mas não tão intenso, sendo característico dos minerais quase opacos como a cromite.

  • Traço ou Risca — A cor do traço de um mineral pode ser observada quando uma louça ou porcelana branca é riscada. A clorite, a gipsite (gesso) e o talco deixam um traço branco, enquanto o zircão, a granada e a estaurolite deixam, comummente, um traço castanho avermelhado. O traço de um mineral fornece uma importante característica para sua identificação, já que permite diferenciar materiais com cores e brilhos similares.

  • Clivagem — É a forma como muitos minerais se quebram seguindo planos relacionados com a estrutura molecular interna, paralelos às possíveis faces do cristal que formariam. A clivagem é descrita em cinco modalidades: desde pobre, como na bornite; moderada; boa; perfeita; e proeminente, como nas micas. Os tipos de clivagem são descritos pelo número e direcção dos planos de clivagem.

  • Fractura — Refere-se à maneira pela qual um mineral se parte, excepto quando ela é controlada pelas propriedades de clivagem e partição. O estilo de facturação é um elemento importante na identificação do mineral. Alguns minerais apresentam estilos de facturação muito característicos, determinantes na sua identificação.


  • Dureza — Expressa a resistência de um mineral à abrasão ou ao risco. Ela reflecte a força de ligação dos átomos, iões ou moléculas que formam a estrutura. A escala de dureza mais frequentemente utilizada, apesar da variação da dureza nela não ser gradativa ou proporcional, é a escala de Mohs, que consta dos seguintes minerais de referência (ordenados por dureza crescente):
  1. Talco
  2. Gesso
  3. Calcite
  4. Fluorite
  5. Apatite
  6. Ortoclase
  7. Quartzo
  8. Topázio
  9. Corindo
  10. Diamante
  • Densidade — É a medição directa da densidade mássica, medida pela relação directa entre a massa e o volume do mineral.

  • Tenacidade — Mede a coesão de um mineral, ou seja, a resistência a ser quebrado, dobrado ou esmagado. A tenacidade não reflecte necessariamente a dureza, antes sendo dela geralmente independente: o diamante, por exemplo, possui dureza muito elevada (é o termo mais alto da escala de Mohs), mas tenacidade relativamente baixa, já que quebra facilmente se submetido a um impacto. A tenacidade dos minerais é expressa em termos qualitativos, utilizando uma linguagem padronizada:

- Quebradiço – o mineral parte-se ou é pulverizado com facilidade;
- Maleável – o mineral, por impacto, pode ser transformado em lâminas;
- Séctil – o mineral pode ser cortado por uma lâmina de aço;
- Dúctil – o mineral pode ser estirado para formar fios;
- Flexível – o mineral pode ser curvado sem, no entanto, voltar à sua forma original;
- Elástico – o mineral pode ser curvado, voltando à sua forma original quando o forçamento
cessa.

  • Magnetismo — Ocorre nos poucos minerais que devido à sua natureza ferromagnética são atraídos por um íman. Os exemplos mais comuns são a magnetite, a pirrotite e outros com elevado teor de metais que podem ser magnetizados após aquecimento, como o manganês, o níquel e o titânio.

  • Peso específico — É a relação do peso de um mineral quando comparado com o peso de igual volume de água. Para isto, o mineral deve ser pesado imerso em água e ao ar.

  • Sistema cristalino — A forma do cristal é muito importante na identificação do mineral, pois ela reflecte a organização cristalina da estrutura dos minerais e dá boas indicações sobre o sistema de cristalização do mineral. Algumas vezes o cristal é tão simétrico e perfeito nas suas faces que coloca em dúvida a sua origem natural. Porém, os cristais perfeitos são muito raros, pelo que a maioria dos cristais apenas desenvolve algumas de suas faces.

RIO MAIOR

AFLORAMENTO DO FILÃO DE PORTELA DE TEIRA

O afloramento integra-se num vasto filão-camada basáltico com vários quilómetros de extensão. Acompanha a E a estrutura diapírica de Rio Maior-Porto de Mós. O filão está instalado em níveis siliciclásticos do Jurássico Superior designados na carta geológica como "Grés Superiores com vegetais e dinossauros" (Formação do Bombarral, do Titoniano). A parte mais espectacular, pela bela disjunção prismática que revela, situa-se numa frente abandonada da pedreira, voltada a W. A disjunção verifica-se em colunas com cerca de 0,5 mede diâmetro por 15 a 20 m de altura, verticais. A cerca de 50 m a Sul, em frente activa da pedreira verificava-se (em 2002) a ocorrência de disjunção semelhante mas em colunas com uma disposição subhorizontal. A degradação não estava muito avançada, podendo ser facilmente recuperável, implicando, para tal, a cessação dos trabalhos da pedreira nas proximidades imediatas. O local é privilegiado ainda pela sua orientação a Norte, com vista magnífica para a depressão de Alcobertas, para o flanco oriental da Serra de Candeeiros, sendo visível em grande extensão o espelho da falha da estrutura diapírica de Rio Maior - Porto de Mós.



Um aspecto que se salienta quando se observa este afloramento é a presença de prismas de secção aproximadamente hexagonal, aspecto este que é conhecido como disjunção prismática ou colunar. Esta disjunção ocorre quando o arrefecimento da rocha, que leva á sua contracção, induz o arrefecimento de fracturas.


Disjunção prismática de Portela de Teira


Dentro de um grande filão basáltico que está a norte de Alcobertas e Rio Maior, uma pedreira que mostra um aspecto dos mais interessantes é uma paisagem vulcânica em pleno carso!



SALINAS DE RIO MAIOR

As salinas de Rio Maior localizam-se a 3 km de Rio Maior, em Marinhas do Sal, na zona sul da área protegida do Parque Natural das Serras d’Aire e Candeeiros, a 99 metros de altitude e ocupam uma área com cerca de 21 865 m2.Estas são as únicas salinas de interior em exploração em Portugal e são consideradas Património Cultural Português.



As coordenadas geográficas são: 39º 21’ 50’’ N e 8º 56’ 43’’ O.
As salinas de Rio Maior são uma mina de sal-gema, muito extensa e profunda, atravessada por uma corrente subterrânea, alimenta um poço de onde se extrai a água, sete vezes mais salgada que a do Oceano Atlântico.

O poço comum, com as sete regueiras, as picotas ou cegonhas, os talhos e as eiras, assim como as rústicas e típicas casas de madeira com as suas chaves e fechaduras também em madeira, completam esta curiosidade da Natureza.

As salinas encaixam-se no Vale Tifónico, onde abundam rochas evaporíticas – salgema e gesso (Formação Margas da Dagorda) rodeadas por argilas e calcários. As rochas evaporíticas são pouco densas e apresentam um comportamento plástico, o que conjuntamente com a existência de um sistema de falhas permitiu o seu movimento ascensional – diapirismo – originando um vale (Vale Tifónico). A água salgada provém de um extenso e profundo filão de sal-gema, que é atravessado por uma corrente de água doce subterrânea, que se torna depois salgada (7 vezes mais salgada que a água do mar) e que termina num poço, na zona centro das salinas.



A existência de importantes acumulações de sal-gema, indica-nos que o paleoambiente de formação tinha características litorais (lagunas e planícies de inundação de marés), num clima quente e seco, muito propício à rápida evaporação. Durante o Mesozóico, há cerca de 200 M.a., a sedimentação ocorria num ambiente de pouca profundidade, em lagoas alimentadas por águas marinhas dando lugar a alternâncias de argilas salgadas e sal-gema, sendo hoje em dia, estas argilas que separam o filão de sal-gema da superfície, servindo-lhe de protecção.

As salinas têm mais de 800 anos e foram exploradas por romanos e árabes. Desde 1979 são geridas pela Cooperativa Agrícola dos Produtores de Sal de Rio Maior, laborando de forma sazonal. Divididos por vários proprietários existem cerca de 400 compartimentos a que se dá o nome de “talhos” e 70 “esgoteiros”, talhos de maior profundidade que armazenam temporariamente água salgada para abastecer as salinas.




A água salgada que os alimenta, inicialmente retirada com uma picota e um balde, é actualmente bombeada, a partir de um poço central com 9 m de profundidade e 3,75 m de diâmetro. Na época estival a água salgada é encaminhada por regueiras para diferentes esgoteiros e daí para os diferentes talhões. No fim de evaporada a água, o sal puro (97,94% de cloreto de sódio), fica nos talhos e é depois retirado e levado, pelos salineiros, até aos armazéns da cooperativa, construídos em madeira para evitar a corrosão. Por ano, são recolhidas cerca de 1000t de sal que antes de embalado e comercializado, para toda a Europa, é escolhido grão a grão por funcionários, para satisfazer até os clientes mais exigentes.

O trabalho desenvolvido sobre as Salinas de Rio Maior deu-nos uma diferente percepção sobre o processo de formação e recolha de sal. Descobrimos o verdadeiro segredo das salinas sem mar – um subsolo rico em sal-gema permite a existência de água salgada à superfície e a precipitação de cloreto de sódio por evaporação da água, permite a obtenção de sal. Apercebemo-nos, também, que o sal até chegar às nossas casas, atravessa processos pouco complexos mas de longa duração. Devido às particularidades históricas, sociais, culturais, económicas e geológicas destas salinas é muito importante a sua preservação.




Nestas épocas recuadas o sal era uma substância muito importante no comércio entre povos, alguns o utilizavam até para pagamento de jornas, daí a palavra salário.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

AQUÍFEROS



Um aquífero é uma unidade geológica que contém água e que pode ceder em quantidades economicamente aproveitáveis.
Também deve constituir uma unidade natural de funcionamente, cujo comportamento seja susceptível de ser simulado através de modelos numéricos, com o objectivo de apoiar tarefas de gestão, tanto qualitativa com quantitativa.
Tipos de aquíferos:

Aquíferos livres - nos aquíferos livres existe uma camada impermeável que serve de base a uma zona superior, permeável saturada em água.


Aquíferos cativos ou confinados - são aqueles em que as formações que os constituem estão limitadas, no topo e na base, por formações impermeáveis. Toda a espessura do aquífero está saturada de água e a pressão no seu interior é superior à atmosférica



Outras formações geológicas que contêm águas subterrêneas:

Aquitardo – formação geológica, impermeável, que permite a acumulação de água em falhas e a sua extracção só ocorre quando o furo se localiza sobre a falha.



Aquicluso – formação geológica que armazena água, mas não a liberta.~



Esquema com os vários tipos de aquíferos:

Nota: neste esquema consideram-se ainda os Aquíferos semiconfinados - neste tipo de aquíferos, uma das formações encaixante, do topo e/ou da base, permite a transferência de água para outro aquífero.