Este lapiás encontra-se implantado em calcários dispostos num monoclinal extenso. Apresenta-se como uma paisagem cársica, característica deste tipo de rocha, muito invulgar pois apresenta um conjunto de formas típicas de relevo como os algares, as galerias, as grutas e os pináculos. Estas tipologias cársicas são controladas pela disposição dos estratos, bem como pelo seu conteúdo em carbonato de cálcio, e pelas estruturas tectónicas frágeis existentes.
Pode ainda verificar-se a existência de uma plataforma de abrasão marinha, sobre a qual se encontra toda a paisagem que tenho vindo a descrever, que resultou da subida do nível do mar, durante os tempos plistocénicos.
Contribuindo para a diversidade geológica do local, eis que chegam as rochas sedimentares; observam-se na zona estratos calco-detríticos, estruturas sin-sedimentares, estratificação oblíqua e entrecruzada, laminações e olistólitos. Ocorrem ainda no seu interior grãos de quartzo, grosseiros e irregulares, feldspatos e micas detríticas.
Por último é importante realçar o conteúdo fossilífero do local; existem exemplares de crinóides, ostreídeos, amonites e polipeiros, entre outros, geralmente fragmentados e provenientes de águas pouco profundas mas posteriormente depositados num leque submarino mais profundo. Estas camadas correspondem às últimas do corte geológico do Liásico de Peniche.
Entre todas estas estruturas merece destaque a Nau dos Corvos; é uma estrutura que se encontra no mar, mas muito próxima do Cabo Carvoeiro e apresenta ainda algumas características do lapiás continental.
adoro peniche....e simplesmente fantastica....
ResponderEliminarparabens pela foto
Adoro ir ver este sitio quando vou a Peniche
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